sábado, 28 de abril de 2007

Situação algo estranha

No dia 13 de Agosto de 2006 embarquei no aeroporto Sá Carneiro, no Porto, numa viagem que me traria ao Brasil durante um ano. Depois de aqui ter chegado, posso dizer que já estive em situações que me causaram certa perplexidade e também uma certa crise de identidade.
Segundo algumas pessoas, aqui não sou apenas português, sou português de Portugal, cidadão de um país que faz fronteira com a Itália e que em tempos foi colonizado pelos ingleses. Por vezes, troco de nacionalidade como quem muda de roupa interior: desde que cheguei já fui argentino, espanhol, brasileiro e até moçambicano.
Em termos de língua senti que houve uma ligeira alteração na sua definição, agora falo e escrevo o “português diferente” mas, apesar de disso, consigo comunicar-me adequadamente, apesar de por vezes não ser totalmente compreendido. São coisas que surgem da nossa variação linguística.
No meu país passou a circular tanto o euro quanto o dólar e, por receber numa destas moedas, ganho maior poder aquisitivo, basicamente estou rico. Infelizmente, parece que só eu é que ainda não notei que o meu bolso estivesse mais cheio. Acho que tenho de rever a minha contabilidade.
Junto de algumas pessoas causo certa estranheza por não me chamar Manuel nem Joaquim, por não ser um dos maiores fãs, nem ter a discografia completa do maior cantor português, o grande Roberto Leal e pelo fato da minha expressão predilecta não ser o famoso “ora pois pois”. Mas quem é que diz isto?
Pensam que não tenho jeito nenhum para utilizar um computador, mas quando estou a fazer um trabalho sou obrigado a tirar a marcação dos parágrafos, do Word, para que não saiam na impressão.
Várias vezes me contaram piadas de portugueses, que rapidamente identifiquei como sendo as nossas de alentejanos, e quiseram que contasse piadas sobre brasileiros. Infelizmente não existem. A única coisa que me apraz questionar é: porque é que os brasileiros perdem tanto tempo com piadas de portugueses quando aqui, mesmo ao lado, têm os argentinos?
Mas, apesar de tudo continuo a ser a mesma pessoa que naquele dia embarcou: Tiago, 21 anos, português com muito gosto. Ora pois!

domingo, 22 de abril de 2007

Codinome Beija-Flor

Uma música que há muito tempo já devia ter postado. Linda de um músico excepcional que conheci aqui no Brasil: Cazuza





Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou...

Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor

Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor

Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador

Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor

sábado, 14 de abril de 2007

Oito meses

Fez ontem oito meses que embarquei para o Brasil. Como o tempo passou a correr!!! Que ninguém se atreva a dizer que o tempo passou devagar... porque não é verdade. Depois deste tempo todo ficam a faltar apenas três meses para regressar a casa. Por vezes fico triste a pensar que este ano está prestes a chegar ao fim... mas por outro lado vai saber bem voltar a casa.
Porque o tempo passa mas os verdadeiros amigos perduram... Soninha mais uma vez parabéns!!! Tou cheio de saudades

domingo, 8 de abril de 2007

Vou mesmo deixar a vida me levar!!!

Vou deixar a vida me levar
Pra onde ela quiser
Estou no meu lugar
Você já sabe onde é

Não conte o tempo por nós dois
Pois a qualquer hora posso estar de volta
Depois que a noite terminar

Vou deixar a vida me levar
Pra onde ela quiser
Seguir a direção
De uma estrela qualquer

Não quero hora pra voltar não
Conheço bem a solidão me solta
E deixa a sorte me buscar

Eu já estou na sua estrada
Sozinho não enxergo nada
Mas vou ficar aqui
Até que o dia amanheça
Vou esquecer de mim
E você se puder não me esqueça

Vou deixar o coração bater
Na madrugada sem fim
Deixar o sol te ver
Ajoelhada por mim sim
Não tenho hora pra voltar não
Eu agradeço tanto a sua escolta
Mas deixa a noite terminar

Eu já estou na sua estrada
Sozinho não enxergo nada
Mas vou ficar aqui
Até que o dia amanheça
Vou esquecer de mim
E você se puder não me esqueça
Não não, não quero hora pra voltar, não
Conheço bem a solidão me solta
E deixa a sorte me buscar
Não não, não tenho hora pra voltar, não
Eu agradeço tanto a sua escolta
Mas deixa a noite terminar!


SKANK
Há dias em que acredito, há outros em que a dúvida me mata!!!