No dia 13 de Agosto de 2006 embarquei no aeroporto Sá Carneiro, no Porto, numa viagem que me traria ao Brasil durante um ano. Depois de aqui ter chegado, posso dizer que já estive em situações que me causaram certa perplexidade e também uma certa crise de identidade.
Segundo algumas pessoas, aqui não sou apenas português, sou português de Portugal, cidadão de um país que faz fronteira com a Itália e que em tempos foi colonizado pelos ingleses. Por vezes, troco de nacionalidade como quem muda de roupa interior: desde que cheguei já fui argentino, espanhol, brasileiro e até moçambicano.
Em termos de língua senti que houve uma ligeira alteração na sua definição, agora falo e escrevo o “português diferente” mas, apesar de disso, consigo comunicar-me adequadamente, apesar de por vezes não ser totalmente compreendido. São coisas que surgem da nossa variação linguística.
No meu país passou a circular tanto o euro quanto o dólar e, por receber numa destas moedas, ganho maior poder aquisitivo, basicamente estou rico. Infelizmente, parece que só eu é que ainda não notei que o meu bolso estivesse mais cheio. Acho que tenho de rever a minha contabilidade.
Junto de algumas pessoas causo certa estranheza por não me chamar Manuel nem Joaquim, por não ser um dos maiores fãs, nem ter a discografia completa do maior cantor português, o grande Roberto Leal e pelo fato da minha expressão predilecta não ser o famoso “ora pois pois”. Mas quem é que diz isto?
Pensam que não tenho jeito nenhum para utilizar um computador, mas quando estou a fazer um trabalho sou obrigado a tirar a marcação dos parágrafos, do Word, para que não saiam na impressão.
Várias vezes me contaram piadas de portugueses, que rapidamente identifiquei como sendo as nossas de alentejanos, e quiseram que contasse piadas sobre brasileiros. Infelizmente não existem. A única coisa que me apraz questionar é: porque é que os brasileiros perdem tanto tempo com piadas de portugueses quando aqui, mesmo ao lado, têm os argentinos?
Mas, apesar de tudo continuo a ser a mesma pessoa que naquele dia embarcou: Tiago, 21 anos, português com muito gosto. Ora pois!
Segundo algumas pessoas, aqui não sou apenas português, sou português de Portugal, cidadão de um país que faz fronteira com a Itália e que em tempos foi colonizado pelos ingleses. Por vezes, troco de nacionalidade como quem muda de roupa interior: desde que cheguei já fui argentino, espanhol, brasileiro e até moçambicano.
Em termos de língua senti que houve uma ligeira alteração na sua definição, agora falo e escrevo o “português diferente” mas, apesar de disso, consigo comunicar-me adequadamente, apesar de por vezes não ser totalmente compreendido. São coisas que surgem da nossa variação linguística.
No meu país passou a circular tanto o euro quanto o dólar e, por receber numa destas moedas, ganho maior poder aquisitivo, basicamente estou rico. Infelizmente, parece que só eu é que ainda não notei que o meu bolso estivesse mais cheio. Acho que tenho de rever a minha contabilidade.
Junto de algumas pessoas causo certa estranheza por não me chamar Manuel nem Joaquim, por não ser um dos maiores fãs, nem ter a discografia completa do maior cantor português, o grande Roberto Leal e pelo fato da minha expressão predilecta não ser o famoso “ora pois pois”. Mas quem é que diz isto?
Pensam que não tenho jeito nenhum para utilizar um computador, mas quando estou a fazer um trabalho sou obrigado a tirar a marcação dos parágrafos, do Word, para que não saiam na impressão.
Várias vezes me contaram piadas de portugueses, que rapidamente identifiquei como sendo as nossas de alentejanos, e quiseram que contasse piadas sobre brasileiros. Infelizmente não existem. A única coisa que me apraz questionar é: porque é que os brasileiros perdem tanto tempo com piadas de portugueses quando aqui, mesmo ao lado, têm os argentinos?
Mas, apesar de tudo continuo a ser a mesma pessoa que naquele dia embarcou: Tiago, 21 anos, português com muito gosto. Ora pois!