A cidade de Montevideo amanheceu solarenga. A noite foi uma desgraça. O calor era tanto que praticamente não consegui dormir. Apesar disso tinhamos um longo dia à nossa frente. Plano para o dia: visitar os principais monumentos e museus, ir almoçar ao mercado público e depois passar a tarde no Parque Rodó.
A primeira coisa a fazer foi tomar o pequeno almoço. Andamos imenso até encontrar o primeiro sítio onde tinham café. Lá tomamos um café com leite, tenebroso (parecia feito com água de lavar pratos), e comemos cada um, uma medialuna, traduzindo para português, croissant francês.
A primeira coisa a fazer foi tomar o pequeno almoço. Andamos imenso até encontrar o primeiro sítio onde tinham café. Lá tomamos um café com leite, tenebroso (parecia feito com água de lavar pratos), e comemos cada um, uma medialuna, traduzindo para português, croissant francês.
A partir daí começou a visita a Montevideo. O primeiro lugar que fomos conhecer foi o Museu Torres García, artista uruguai de maior renome, ao nível da pintura e que deixou em plenas ruas de Montevideoa sua marca. O museu não era nada demais (também era a primeira coisa a abrir), a obra do artista bastante interessante, mas perdeu todo o interesse com o calor que estava lá dentro... saímos rapidamente.
O destino seguinte foi o Palácio do Governo onde visitamos um museu muito bem organizado sobre todos os presidentes da República Oriental do Uruguai, com objectos, medalhas, trajes, armas, fachas presidenciais, que lhes haviam pertencido. Foi pena não termos feito visita guiada, pois teria sido bem mais interessante.
O ponto seguinte foi o Mausoléu do General José Artigas, importante figura na conquista da independência uruguaia. O Mausoléu encontra-se na Praça da Independência por baixo de uma estátua equestre do mesmo. O local que honra a memória do general é imponente. Uma grande sala com o chão de mármore preto e com as paredes em concreto com relevos que indicam os principais momentos da sua vida. Ao centro encontra-se a urna com os restos mortais do general ladeados por uma guarda de honra. O espaço de honra é magnífico e deixa qualquer um perplexo a olhar e a pensar como foi importante aquele homem e como o povo uruguaio o dignifica.
Apesar de toda a seriedade que o espaço exigia eu fiquei a pensar se aquela guarda seria como a do Palácio de Buckingham que não pode mover-se, rir-se, dizer uma palavra. Confesso que o meu espírito de criança me atacou e que me apeteceu testá-los e tentar fazê-ls rir...
Na mesma praça fizemos ainda questão de entrar na Ciudad Vieja pela porta da Ciudadela!!!
Outra das nossas paragens foi no Teatro Solis, uma ampla sala de espectáculos, uma das mais importantes ao nível da américa Latina, sendo considerado o mais antigo do continente. Fizemos visita guiada com um rapaz jovem que fazia a primeira visita sozinho. Coitado, estava com os nervos em franja, não parava quieto e suava em bica. Para piorar a situação ainda estava à espera que nós fizessemos perguntas, o que não aconteceu...
Mostrou-nos todos os recantos do Teatro, falou dos lustres magníficos de cristal da marca Szwarovski, as madeiras venezianas, o foyeur e por fim a sala de espetáculos com as representações das divindades das artes e as oito máscaras do teatro grego. Uma sala imponente e muito bonita (pronto Raquel, a do Theatro Circo é mais bonita... apesar de eu ainda não a conhecer)... só faltou ir assistir a um espectáculo. Ainda fomos brindados por uma explicação mais infantil da sala porque no horário em que fomos visitar o teatro entrava também uma visita de estudo de uma escola.
Depois das visitas da parte da manhã dirigimo-nos ao mercado do Porto, onde tinhamos lido que ao meio dia se brindava com uma bebida típica uruguaia e havia exibições de tango. Chegamos lá à hora certa, mas não havia nada... Como tinhamos programado almoçamos por lá. O Mercado tem uma grande oferta de locais para almoçar. Mais uma vez a refeição soube muito bem, um bom pedaço de carne, batatas fritas e salada... que saudadinhas, lembra mesmo Portugal, só ficou a faltar o ovo estrelado e o arroz, lololol.
Ao almoço seguiu-se uma visita ao Museu do Carnaval onde ficamos a saber da grande tradição carnavalesca da cidade de Montevideo. Ali o Carnaval dura um mês inteiro e todos os fins-de-semana sai um grande desfile à rua nos diferentes bairros da cidade. Infelizmente não estivemos lá num fim-de-semana...
Em Montevideo o Carnaval tem um carácter mais de crítica e é dada uma grande importãncia às fantasias. Uma forma bastante interessante de comemorar o Carnaval, altura em que dizem ninguém leva a mal. Melhor isso do que tentar imitar o Carnaval brasileiro em pleno inverno, com umas baleias em cima de carrossas com a mania que sabem sambar...
Bem, a seguir veio uma situação que ainda agora me deixa irritado. Os dias em Montevideo estavam a terminar e queriamos ver se ainda dava para ir a Colónia do Sacramento. Infelizmente acabamos por decidir não ir e seguir directamente para Buenos Aires. Passando à parte da irritação. Fomos à Buquebus comprar as nossas passagens, mas estavamos com algumas dificuldade em perceber os horários e os preços. Dirigimo-nos à caixa para comprar, sem problemas, qualquer dúvida seria esclarecida. Atendeu-nos uma senhora, bem que real burgesso!!!
Primeiro pedimos bilhetes para dois para Buenos e ela muito rápido "A que horas?", eu respondo delicadamente que não compreendi bem a tabela, "são essas que estão aí... tens às 16:45 e à noite". Lá escolhemos o do meio da tarde. Sempre mal encarada pediu-nos os documentos. Preencheu tudo e deu-nos um preço total. Como eu não tinha compreendido e como o preço era mais elevado do que aquilo que pensavamos, perguntei. O preço que tinhamos visto era apenas até Colónia, mais uma vez mal encarada deu-nos o preço final. Bem, até a pagar ela foi mal educada. Simplesmente nojenta. Só por aquilo quase apetecia não viajar com a Buquebus...
Depois deste episódio um tanto u quanto desagradável fomos de táxi até ao Parque Rodó, um gigantesco parque bem junto à costa noutra ponta da cidade. Podem pensar que fomos doidos em ir de táxi, mas em Montevideo compensa e bem. Por essa viagem gastamos uns 64 pesos uruguais que daria algo como dois euros!!!
Escolhemos passar ali a tarde para fazer algo diferente e não passar os dias a visitar edifícios e museus. O espaço, de facto, é muito agradável. Sentamo-nos ao lado de duas raparigas que tinham no meio delas uma garrafa de vinho, que bela ideia. Sentamo-nos a descansar, a apreciar a aragem fresca que se fazia sentar à sombra, até porque os nossos pés já começavam a doer.
Um dos grandes objectivos de ir ao Parque Rodó era visitar um monumento junto à costa, erigido em memória das vítimas do Holocausto. Ficamos bastante animados e ainda andamos uma boa meia hora só para o ver. Bem, quando lá chegamos foi uma verdadeira decepção. O monumento era um conjunto de pedras, ladeados por uns carris e uma construção espacial que simbolizava o Holocausto, simplesmente decepcionante. Apesar de tudo valeu a pena o passeio.
Depois disto resolvemos regressar ao hotel, descansar um pouco para depois ir falar com a família, comprar umas prendinhas e jantar.
Quando saímos do mercado dos artesãos... chovia, mas chovia. Corremos pelo meio das ruas à procura de um sítio para jantar... Quando finalmente encontramos um, já estavamos encharcados. Ainda tinhamos pensado em ir novamente ao restaurante da noite anterior, só para beber uma tacinha de vinho. Foi tudo, literalmente, por água abaixo.
2 comentários:
eskeceste-t d dizer q à entrada do mausoleu te partiste a rir e a maezinha mandou calar a criança pq akilo era um lugar d respeito
No Buquebus até a maezinha se irritou com a personagem idiota e mal encarada
que rico...isto é que é...verdadeiro espirito Erasmus...nunca se està onde se estuda...eheh...desculpem mas este teclado manhoso tem os acentos todos trocados...baci mille
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